
sairia da cidade
moraria onde pudesse
deixaria saudade
partiria quando desse
não interessa a idade
andaria a esmo
descobriria ruas
iria sozinha
pediria abrigo
trabalharia à noite
viveria de dia
ouviria música
saberia línguas
pediria arrego
trocaria o nome
mandaria cartas
choraria à vezes
não envelheceria
perderia o rumo
cometeria erros
distríbuira beijos
arruinaria casamentos
visitaria museus
deixaria o cabelo crescer
sorriria diferente
montaria uma casa
viajaria em cargueiro se eu quisesse mesmo
(Martha Medeiros)
Esse poema me faz pensar em escolhas e atitudes que fazemos e temos diante de nós. Muitas dessas coisas eu mesma fiz e exatamente porque quis fazer, não há ninguém com quem possa dividir o prazer ou a culpa, dependendo da escolha ou da atitute que assumi em determinado momento ou passagem. E é também um legado que quero deixar depois que me for. Não que meus passos sejam seguidos mas que os adultos que influenciei e as crianças que ainda posso tocar saibam andar com seus próprios pés, questionar suas certezas e abraçar seus momentos felizes, mas porque quiseram.
A gente nunca para mesmo de crescer...
3 comentários:
Ah como eu gostaria, e se eu pudesse, teria você em minha companhia.
Wal,
Me agrada muito também saber que eu poderia fazer tudo aquilo que eu quisesse, desde que EU quisesse... E o melhor de tudo, é que é exatamente o que tenho feito!
Obrigada pelo texto, tão especial quanto você!
Beijins
Wal, penso assim, somos as nossas escolhas, apenas nós somos responsáveis pelo caminho que tomamos.
gosto da Martha Medeiros e nesse poema ela expressa o sentimento de muita gente...
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